quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tenho a vaga ideia de que o meu gato me quer matar

Não sei de matar mesmo ou apenas mandar-me para o hospital.
Eu trato-o bem, dou-lhe comida XPTO que é mais cara que a minha, faço-lhe festas e deixo-o dormir em cima da cama. Tem areia limpinha e uma gata e uma cadela para lhe fazerem companhia. Tem vida de lord!
Não tem nenhum motivo para ter instintos assassinos para comigo!
Mas que os tem, ahhhh isso tem, sim senhora!
Expliquem-me lá que outra razão o levaria a atirar-se olimpicamente aos meus pés cada vez que eu desço as escadas. Não estamos a falar de um leve encostar às pernas... não! Estamos a falar de um serpentear entre os pés que termina com um colapsar em cima das pantufas numa clara tentativa de me catapultar escadas a baixo!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O ponto final

Quando estamos num relacionamento por muito mal que as coisas estejam a correr há sempre aquela esperança que nos agarra ali.
Quando a esperança é válida e as coisas se arranjam então é tudo fenomenal e tudo valeu a pena e essas coisas todas boas.
Quando a esperança é vã e cada vez o dia-a-dia fica mais corroído essa fé num futuro que não vai acontecer é venenosa. Faz com que as coisas se prolonguem e se arrastem, transforma em reticencias o que deveria ser um ponto final.
Eu detesto fins. Eu esperneio, eu arranjo trinta e uma artimanhas e justificações para continuar a tentar, eu tenho mesmo dificuldade em desistir mas por vezes é necessário.
Neste caso o ponto final pode ter salvo das ruínas de um namoro uma amizade que está agora a dar os primeiros passinhos.
É difícil a adaptação, é estranho ter de mudar assim de "prateleira" e passar a ter uma classificação diferente com um conjunto de regras diferentes mas estou contente de ter tomado a decisão que tomei.
Mais vale desistir de um namoro do que da pessoa que teve um papel tão importante na nossa vida.
Prefiro mil vezes continuar a tê-la presente e saber que está bem como amiga do que ter ficado numa relação que mais cedo ou mais tarde ia atravessar aquela linha entre o amor e o ódio.
Eu não entendo como se pode amachucar e deitar fora alguém da nossa vida só porque as coisas não resultaram enquanto casal... é que é um desperdício! Não se encontram pessoas engraçadas com quem se possa ter uma conversa interessante e em quem se possa confiar assim aos pontapés sabiam?
É um desperdício e muito pouco amigo do ambiente. Nunca ouviram falar em reutilizar??? :P
E vocês? Continuam amig@s d@s voss@s ex?

De novo na casa de partida

E eis que volto ao início.
Não dei por me terem dado os 2 contos do monopólio antiguinho por isso devo ter apanhado uma daquelas cartar de " volte à casa de partida sem receber o salário".
A ver se é desta que compro o Rossio.
Uau.. eu sou péssima a escrever postas de pescada a anunciar fins, fogo! Não podia trabalhar naquela secção do jornal em que escrevem os quadradinhos das pessoas mortas.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Prestes a dar uma de trolha

Vou ajudar os meus pais a pintarem a casa deles. Hoje já vou escolher e comprar as tintas e amanhã e quarta-feira são dias de andar de rolo na mão.
As cores vão ser à moda dos programas de decoração que saltitam nos canais de TVcabo. Vamos ter creme de café, chocolate e branco mármore entre outras. Muito chique!
Na parte da pintura já tenho eu experiência... mas como pelo menos num dos dias vai por lá andar uma gaja toda boa quem me sugere uns belos piropos à trolha? :P

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Há dois anos e um dia

Há dois anos e um dia fui meter a conversa em dia com uma amiga especial com quem já não metia a conversa em dia à seria há quase 7 anos.
Há dois anos e um dia esperei que ela me abrisse o portão e o meu coração bateu mais depressa quando a vi.
Há dois anos e um dia aprendi que aquela treta de longe da vista longe do coração não resulta por muito que se tente.
Há dois anos e um dia aquilo de que eu fugi durante 7 anos passou a desejo feito às estrelinhas.
Há dois anos e um dia, quando ela sem fazer a mínima ideia me abraçou com força, eu aceitei que não valia a pena tapar o sol com a peneira e que mais valia convencer-me que aquela paixão não ia a lado nenhum.
Há dois anos e um dia re-começou a nossa história.
Hoje fazemos 23 meses de namoro e o amor continua a crescer, agora em dois corações.
Por isso fica aqui para a minha Vanessa:
Amo-te assim aos molhinhos de corações vermelhos pirosos!
Feliz mesaversário.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Discurso Motivacional

Há quem coma chocolate.
Há quem engula uma caixa de gelado.
Há quem chore baba e ranho a ouvir canções deprimentes.
Há quem limpe a casa toda.
Oh sim.. eu identifico-me com quem enche a boca de batatas fritas com empenho enquanto pergunta "mas porquê?" mas a barriga cheia não sopra as nuvens cinzentas para longe, apenas me distrai da porcaria da chuva que me está a cair em cima. E toda a gente sabe que batatas fritas comidas à chuva eventualmente ficam moles e nojentas e deixam de fazer efeito... e aí temos de passar para comidas mais gordurosas que sejam mais resistentes à humidade e já se sabe onde é que este comboio pára.
Na realidade é estúpida esta tendência natural que temos para não levantar o cu da poça de lama e sair da tempestade. Não... nós ficamos ali, parados, a tentar distrair a infelicidade com qualquer coisa brilhante (e calórica, aposto!). E quando a distracção já não funciona passamos a outra e depois a outra até que nos cansamos e desatamos a fazer queixinhas, a dizer mal do mundo. Mas e correr para onde há sol? E arranjar um simples guarda chuva que seja?
Um dia acordamos e a poça de lama é tão funda que decidimos " ora, é impossível sair daqui...". Infelizmente nesta altura ninguém nos dá um par de estalos ... eu até sou pela paz, mas nestas circunstancias a violência é perfeitamente justificada.
É que é uma palermice divorciarmo-nos do poder que temos sobre nós, escorraçar a pontapé a capacidade que temos de mudar o nosso estado.
E cheguei finalmente ao que queria realmente confessar ao mundo (porque onde estariam vocês todos se eu não partilhasse estas pérolas...)
Eu aprendi que quando nuvens cinzentas decidem passar por cima da minha cabeça a forma mais eficaz de as afugentar é ser parasita e agarrar-me ao optimismo alheio.
Isto é código para "eu estou a cantar músicas da Taylor Swift aos altos berros como forma de terapia por isso não me podem olhar de lado" ou ainda "estes discursos motivacionais que estou a ouvir são puramente medicinais" ou até "gozar com alguém que está a ler um livro de auto-ajuda é o mesmo que gozar com alguém que usa muletas... não é bonito e pode dar origem a um pontapé nas canelas".
Aos 26 finalmente percebi que emocionalmente sou uma Maria-vai-com-as-outras e que isso pode ser uma excelente arma de arremesso contra intempéries.
Metam-me alguém a dizer que tudo é possível com um ar entusiasmado e um arco-íris por detrás e eu em 3 minutos já estou aos saltinhos e pronta para deitar mãos a qualquer projecto. Estou a falar de gente que é profissional do optimismo... gente que antes sequer de pensar que o copo está meio cheio já está a bater palminhas porque oh-meu-deus-está-ali-um-copo!!!!!
Se é racional? Nem por isso. Mas funciona!
Se é piroso? Oh pelo amor da santa... claro que é. Estamos a falar de frases como "Felicidade é o estado orgânico da tua alma, não é algo que tens de alcançar, é algo que aceitas". Mais piroso que isto só o DVD do Segredo. Mas funciona!
E agora com licença que eu vou ouvir o senhor Les Brown convencer-me que eu sou uma gaja fenomenal, capaz de conquistar o mundo de salto alto e sem sequer estragar o penteado.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

De olhos em bico

Para ler este mês tenho:

A Ameaça - Ken Follett
Um mundo sem fim (Volume I e II) - Ken Follet
O homem de Sampetersburgo - Ken Follet
Voo Final - Ken Follett
Os pilares da terra (Volume I e II) - Ken Follett

Livros estes emprestados pelo meu pai com a indicação de " tu *tens* de ler estes livros!". Portanto vou aqui assim tentar adivinhar ao calhar e dizer que Ken Follett é um dos autores preferidos do meu pai... mas é só uma suposição minha... enquanto olho para o meio metro de literatura que me espera.
Além destes emprestados também tenho Sombras e Fortalezas da Elizabeth Chadwick e A Villa da Nora Roberts a chamarem por mim.
É nestas alturas que eu me convenço que é um GRANDE desperdício dormir!!! GRANDE!

sábado, 24 de abril de 2010

Deixar o que foi, aproveitar o que é

Quando nos dizem "aprende com os teus erros" tratam logo de nos meter mancos.
Logo ali aquele conselho que interpretado da maneira correcta nos poderia ser tão útil faz com que andemos a coxear toda a vida com uma perna agarrada ao passado.
A maior parte de nós não aprende com os seus erros. A maior parte de nós repete vezes sem conta o erro de deixar passar coisas boas ao lado por medos antigos. Quantas vezes não somos menos felizes porque não nos entregamos com medo de ser magoadas como no passado ou por medo de não sermos bem sucedidas, como no passado?
Às vezes é preciso acreditar e saltar novamente de pés juntos... acreditar em nós e acreditar nos outros.
Mais vale dar cem saltos e cair de rabo no chão 99 vezes do que ficar sempre na beirinha, a pensar no que poderia ter acontecido de mal... porque aquela uma única vez em que a aterragem é perfeita, em que do outro lado há alguém que nos apanha e segura vale por tudo.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Eu devia ser ruiva

Eu tenho a pele clarinha.
Eu tenho os olhos verdes.
Eu até tenho uns pontinhos no nariz que de vez em quando querem armar-se em sardas...
Eu devia ser ruiva!
Mas não... na linha de montagem decidiram meter-me o cabelo castanho que com muito boa vontade ficava com reflexos vermelhos no verão.
Assim que pude comecei a pintar o cabelo. Todas as marcas de tinta me passaram pelas mãos... experimentei henna, até (oh sim... tenho de admitir) descolorei o cabelo.
Eu sou a Rita ( olá Rita...) e pinto o cabelo de ruivo há pelo menos 12 anos...
Mas chegou o tempo de levantar a bandeirinha branca. Não sei quanto tempo vou resistir, mas a partir do fim de semana que passou eu voltei à minha cor original.

É que o cabelo já está a ficar demasiado comprido para o pintar de 2 em dois meses!

Mas.. está a assim tão comprido que não possas pintar? Hum.. sim... já preciso de 3 caixas de tinta e os meus braços já não chegam às pontinhas e eu sou demasiado sovina para ir pintar o cabelo ao cabeleireiro.
Mas afinal, pergunta quem já não me mete os olhos em cima há algum tempo, quão comprido está o teu cabelo. E eu aponto orgulhosamente para a fotografia:


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Com estrelinhas manhosas e postais nas paredes

Nada nos arremessa violentamente de volta à adolescência como voltar a ter de decorar um quarto só nosso.
De repente há uma divisão inteira, vazia, que nos pergunta "então, quem é que tu és agora?".
Esta é uma oportunidade de nos entrarmos, percebermos quais são os nossos gostos como unidade solitária, de crescer mais um bocadinho... ou alternativamente fazer como eu.
Eu abracei este arremesso à adolescência e enchi as paredes de estrelinhas que brilham no escuro, imagens bonitas tiradas da net e plastificadas, quadros ranhosos pintados por mim e até terminei o conjunto com peluches na cama (a gata preta é um elemento decorativo móvel...).
"Não achas que já era tempo de crescer e ter um quarto em tons de beje e azul marinho com uma linda paisagem calma e serena pendurada por cima da cama?"
Humm... não.  Laranja e roxo parecem-me uma excelente escolha. Tenho é de arranjar mais coisas para colar nas paredes porque ainda não estão preenchidas o suficiente... :P

O tempo é uma coisa tão relativa...

- É que estivemos ali meia hora durante mais de duas horas!

O que eu realmente queria dizer é que tinha estado em pé durante mais de duas horas... mas assim em vez de um queixume saiu-me algo muito mais eloquente.
Ah... e depois de ter já pedido azeitonas azuis no pingo doce, esta semana decidi pedir azeitonas vermelhas.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A culpa, na realidade, é da Walt Disney

Eu passei a minha infância em Lisboa com pais que tinham medo que eu fosse atropelada/roubada/raptada. Isto não fez de mim um animal social e passei grande parte da minha primeira década fechada em casa.
Com longas horas passadas sozinha tornei-me mestre do faz de conta e fã das cassetes que tinha e que podia ver no video da sala.
Foi assim que ganhei os dois traços de personalidade que me tentam lixar a vida hoje em dia: uma tara por brincar ao faz de conta (que a partir dos 12 anos começa a ser olhada de lado) e um conceito de Amor que vem direitinho dos contos de fadas e que me faz viver com uma intensidade surreal os sentimentos e esperar que do outro lado aconteça o mesmo.
Mas a maior parte das pessoas teve outras influências que não os filmes da Walt Disney e as histórias de encantar onde os heróis vão contra tudo e contra todos para conseguir chegar ao seu amor. A maior parte das pessoas também brincava ao berlinde com os outros meninos, ou jogava à bola, ou às escondidas, ou à apanhada...
Assim acabo por me ver espartilhada por uma noção de Amor digna de um romance cor de rosa que nos dias de hoje é practicamente impossível e até considerado fora de moda pela nossa sociedade.
Afinal quem é que ainda tem paciência para longas cartas de amor, para jantares à luz das velas, para noites preenchidas com conversas sussurradas, para pequenos almoços na cama, para surpresas, para mensagens lamechas a meio do dia, para vidas pensadas a duas e não a um mais um?
É uma questão de dieta... hoje em dia o amor é light e eu tenho a mania de que só me vou sentir completa com um amor cheio de calorias. E a culpa é da Walt Disney!

domingo, 11 de abril de 2010

Metem nomes parecidos às personagens...

Como é que se chamava aquele que ganhava sempre no fim? Rambo? Não.. o Rambo que apanhava porrada... Rocky!!!

sábado, 10 de abril de 2010

Classificados lésbicos e segredos obscuros

Estive a pensar, senhora dona Samica Alguém, na questão que colocou na caixinha dos comentários.
Bom...se há classificados para pessoas que coleccionam pássaros, para pessoas que fazem artesanato, para pessoas que gostam de motas... porque não haver classificados para lésbicas?
Pena tenho eu de não haver classificados para pessoas que nasceram com o cabelo castanho quando obviamente deveriam ter nascido com o cabelo ruivo e que gostam de cães e de gatos e de massa com manteiga planta e que acham as palavras peúga e sovaco sonoramente arrepiantes e no entanto engraçadas... bem.. aí é que eu ia encontrar muita gente com interesses comuns!
Quanto ao anúncio colocado... nisso tens toda a razão... podem efectivamente pensar que sou uma  "pessoa-desesperada-com-um-traço-antissocial-fortemente-marcado"  e aí até não estão longe da verdade. Eu até nutro uma certa afeição pelo meu futuro como "crazy cat lady".. aliás, no farmville já ganhei as fitinhas todas dessa categoria!!! 
Oh não.. agora ainda por cima revelei que sou uma *daquelas* pessoas que às vezes joga farmville.
Maldito sejas, facebook!!!!
E agora... hum.. vou cuscar o teu perfil *e* o teu blog, dando aso a todo o tipo de congeminações acerca das minhas tendências para stalker. :P

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Eu já ando a meter anúncios!

Sim, leram bem!
Andava eu em busca de livrarias com uma selecção razoável de literatura gay quando tropecei num site de classificados para lésbicas.
Como ando sempre a reclamar que não tenho amigas que pertençam ao clube decidi dar uma de gaja muito para a frente e publiquei o seguinte anúncio:

Procuram-se ovelhas do mesmo rebanho

Olá!
Chamo-me Rita (pausa para toda a gente dizer "Olá Rita")e preciso de amigas lésbicas.
Sim.. soa ridículo, eu sei... mas a única lésbica que conheço foi minha namorada, o que torna difícil alguns tópicos de conversa... 
Adoro as minhas amigas, mas às vezes tenho a sensação que há coisas que não lhes consigo explicar, há assuntos em que faz falta a cumplicidade de um "eu também".
Assim sendo procuro ovelhas do mesmo rebanho para troca de ideias, amizade, conversas sem jeito nenhum às 2 da manhã, conselhos sábios e risota partilhada.

Cerca de 3 minutos depois de clicar em "enviar" já me tinha arrependido. É que aquela porcaria soa a uma das duas: ou velho pervertido a tentar encontrar rapariga que lhe conte as suas experiências sexuais porque é demasiado atado para procurar porno na net ou a tentativa mal disfarçada de engate.